31 de dezembro de 2007

Escola Guitarra do ISEC (Coimbra) lança CD de estreia

Intitulado «Guitarra de Coimbra», o CD inclui um conjunto de temas instrumentais interpretados pelos alunos desta escola que funciona no ISEC, resultando de dois anos de aprendizagem.

Além de sete temas de Carlos Paredes, em que se incluem «Canção Verdes Anos» e «Memórias», o CD inclui ainda peças de Artur Paredes, Afonso Correia Leite e Gonçalo Paredes.

De acordo com Alexandre Cortesão, professor e fundador da Escola de Guitarra, o ISEC fez uma tiragem de dois mil exemplares do CD, tendo oferecido uma cópia a todos os caloiros que entraram este ano lectivo no estabelecimento.

«Não se pode dizer que é uma obra-prima, mas tem qualidade», salientou o músico, presidente da Associação Cultural «Coimbra Menina e Moça».

Segundo o professor, «até hoje nenhuma escola de guitarra pôs os seus alunos a tocar em público e a publicar um CD».

A Escola de Guitarra do ISEC nasceu de um protocolo assinado em 2005 entre o ISEC e aquela Associação Cultural, podendo ser frequentada por alunos, docentes e não docentes deste estabelecimento de ensino integrado no Instituto Politécnico de Coimbra.

O CD, que conta com o acompanhamento em três temas dos professores e fundadores da escola - Alexandre Cortesão e António de Jesus -, foi apresentado publicamente quinta-feira à noite no Café Santa Cruz, em Coimbra.

Segundo uma nota do presidente do conselho directivo do ISEC, Jorge Bernardino, a gravação do CD «é o resultado de dois anos de aprendizagem, em que os alunos frequentaram aulas de guitarra com a duração de apenas duas horas semanais».

Alexandre Cortesão adiantou hoje à agência Lusa que, este ano, estão a começar a sua aprendizagem na Escola de Guitarra do ISEC 30 alunos, apesar de a execução do fado de Coimbra não ser tarefa fácil.

«É preciso espírito de sacrifício e força de vontade. Calcar em cordas de aço não é fácil», observou.

A prioridade no ensino da Canção de Coimbra na Escola de Guitarra do ISEC tem sido dada a músicos como Carlos Paredes, Flávio Rodrigues e João Bagão, mas - de acordo com o docente - estão também a ser introduzidos nomes como António Portugal, Pinho Brojo ou Jorge Tuna.

O músico lamenta a «pouca divulgação» da Canção de Coimbra nos órgãos de comunicação social e nomeadamente na rádio e manifesta-se aberto à interpretação por mulheres. «Sempre houve raparigas a tocar guitarra e viola. A cantar, não tenho nada contra, mas que o cante bem», opinou.
fonte ~ lusa

Sem comentários: