27 de janeiro de 2010

Morreu o guitarrista Jorge Fontes

Jorge Fontes acompanhou vários fadistas, como e colaborou com José Afonso no EP "Cantares" (1964), Quim Barreiros, no seu primeiro disco, em 1971, e António Variações, no álbum “Dar e receber”.
Editou ainda vários discos com o seu conjunto de guitarras.
O estudioso de fado José Manuel Osório disse à Lusa que Jorge Fontes “foi um dos campeões de gravações de discos, juntamente com António Chaínho”, outro guitarrista da sua geração.
“Praticamente todos os grandes nomes do fado foram acompanhados por ele, além de ter incentivado muitos fadistas, alguns já retirados, a gravar discos, e nesse sentido é importantíssimo para a história da discografia fadista”, salientou José Manuel Osório.
O seu último álbum foi editado em 2007, pela Metro-Som, e inclui, entre outras temas, “As minhas variações em Lá” e “O que me disse a guitarra”, ambos da sua autoria, e “Picadinho do Minho” e “Ó Malhão”, para o quais fez os arranjos.
Tristão da Silva, Ada de Castro, Maria da Fé, Fernanda Maria, Fernanda Pinto, Frederico Vinagre e Lenita Gentil foram alguns dos muitos nomes que acompanhou.
Como músico integrou o elenco de várias casas de fado de Lisboa, designadamente o Arcadas do Faia e o Restaurante Típico O Forcado, onde tocou durante 29 anos, no Bairro Alto.
Actuou por diversas vezes em programas recreativos da RTP e no estrangeiro, designadamente em Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda e Suécia.
O corpo do guitarrista encontra-se na igreja de N.ª Sr.ª de Fátima em Lisboa, à avenida de Berna.
O funeral do músico realiza-se dia 27 pelas 09:00 para o cemitério de Carvalhos (Vila Nova de Gaia).
fonte ~ hardmusica

24 de janeiro de 2010

Aulas de canto | Porto

A todos que estejam interessados em aperfeiçoar e maximizar a voz cantada, seja amador ou profissional da voz.

Com um ensino especializado e individualizado, o Porto tem já um centro de aperfeiçoamento da voz cantada, onde as aulas de canto e técnica vocal se ajustam às necessidades e objectivos individuais de cada aluno, contemplando diversos preços consoante a frequência.
Para mais informações sobre as aulas, queiram por favor visitar o blog: ginasiodavoz.blogspot.com ou contactar-nos telefónicamente.
Para marcação de horário bastará que entre em contacto telefónico de modo a verificarmos disponibilidade de forma imediata e actualizada.

Como funcionam as aulas de canto e quais os preços?

AULAS DE CANTO são dirigidas a todos os cantores ou potenciais cantores, de vários estilos e géneros musicais, do Clássico ao Ligeiro, da Ópera ao Pop, Rock, Soul, Jazz, Funk, Blues, etc.
Independentemente do estilo o programa poderá abranger desde um nível de iniciação ao canto, até um nível elevado onde já existam conhecimentos teóricos, técnicos e experiência vocal a nível amador ou mesmo profissional. De salientar que as aulas de canto poderão também ter como objectivos a preparação e aperfeiçoamento vocal para prestação de provas de admissão em conservatório, participação em concursos de canto, preparação vocal para musicais, tratamento de patologias de ordem psicogénica relacionadas com ansiedade, auto-estima, auto-confiança, etc.

As aulas de Canto poderão ser frequentadas nas seguintes modalidades:

a) Aulas individuais (1 ou 2 vezes / semana)
Poderão realizar-se uma ou duas vezes por semana em sessões de 45 mints, consoante o regime pretendido. Visto serem aulas individuais todo o programa será elaborado e direccionado de acordo com os objectivos do aluno em causa.

b) Aulas individuais (regime intensivo)
No caso do regime intensivo, será elaborado um programa específico de estudo e respectivo cronograma.

c) Workshops de Voz (formação temporária)
As workshops são formações temporárias e decorrem ao longo do ano.

As aulas decorrerão numa remodelada e equipada sala com tratamento acústico no Centro Comercial STOP no Porto, (catedral da música, onde ensaiam mais de 100 bandas portuenses), situado na Rua do Heroísmo, Porto - Junto à estação do metro Heroísmo.

Gisela Rodrigues
Professora de Canto
Ginásio da Voz - Centro de aperfeiçoamento da Voz Cantada
Blog: http://ginasiodavoz.blogspot.com
Email: ginasiodavoz@gmail.com
Tlm: (+351) 93 706 68 66

Canta o galo gordo : Bom dia [Canta o galo gordo, 2009]

Ás seis da manhã
Canta o galo gordo
Aparece o sol
E depois acordo
Lavo bem os dentes
Digo olá aos gatos
Visto-me depressa
Calço os meus sapatos
O pequeno-almoço
Já está na cozinha
Leite como eu gosto
Pão com manteiguinha
Já entro na escola
Cheio de alegria
Vou-me divertir "Bom-dia, bom-dia"

Inês Pupo - Gonçalo Pratas

Omiri: por dentro da matriz

A PédeXumbo e os Omiri estão a trabalhar num novo conceito de baile interactivo, a apresentar em meados deste ano, um projecto com direcção artística de Luís Girão, desenhado para surpreender...

Para já, temos a oportunidade de assistir ao lançamento do seu novo CD "Dentro da Matriz", em vários pontos de Portugal. Omiri é um projecto de Vasco Ribeiro Casais (Dazkarieh, Fogo do Ar) e Tiago Pereira (vídeo-jocking), uma proposta arrojada onde o baile tem um cenário: a tela de projecção onde dançam Wim Wandekeybus, William Forsythe, ou o Sr. António a bailar o “Galandum”. A mistura de instrumentos estranhos e programações de Vasco Casais com a visão irreverente de Tiago Pereira misturam música "trad" e vídeo em tempo real, sintetizadores e matanças do porco, chouriças e Nyckelarpas com distorção, pessoas das aldeias que dançam e cantam ladaínhas actuais porque são e sempre foram de hoje. Contra a globalização anglo-saxónica, cantar, dançar - e criar - é o que parece dizer este projecto, que atira convenções ultrapassadas às urtigas. A música é tratada com sonoridades electrónicas e eléctricas dos nossos dias e ilustrada com imagens de dança, desde a contemporânea à étnica. As danças nas actuações ao vivo são ensinadas ao público durante o próprio baile por uma monitora que convida todos a participar. A não perder.
Vasco Ribeiro Casais: Programações, Nyckelarpa, Bouzoukão, Gaitas-de-fole; Tiago Pereira: VJ; Joana Negrão: Monitora de Dança. Organização: Pédexumbo.

Instrumentos “estranhos”?
Vasco Casais toca vários instrumentos, como o “Bouzoukão” - um cruzamento entre uma Guitarra Portuguesa, um Bouzouki e um Baixo eléctrico, combinados num único instrumento; e ainda a Nyckelarpa – um instrumento Sueco de cordas friccionadas com um arco, dotado de teclas, inteiramente construído em madeira e a Gaita-de-fole Transmontana, uma Gaita-de-fole com uma escala muito característica e um timbre fiel aos modelos tradicionais do Nordeste Transmontano – tudo isto combinado com máquinas de “loops”, que o transformam num verdadeiro “one man orchestra”.

E o Vídeo, também é um instrumento?
Tiago Pereira, videasta e documentalista, acompanha a música de Vasco Casais com uma performance de manipulação vídeo em tempo real (“VJ'ing” - “video-jocking”) – Um Media Live Act é um instrumento? E uma mesa de mistura de vídeo, fará música visual? É caso para dizer: os olhos também dançam, graças ao uso do software MSPinky.

Novo Disco: “Dentro da Matriz”
“Dentro da Matriz” é o nome do disco de estreia de Omiri, o projecto a solo de Vasco Ribeiro Casais (Dazkarieh) que ao vivo conta com a colaboração do Realizador e Visualista Tiago Pereira, autor de diversos documentários premiados (Com o seu filme “11 Burros Caem no Estômago Vazio, foi Vencedor do Prémio de Melhor Curta Metragem Portuguesa no Doc Lisboa 2006 e Melhor Filme Etnográfico no “Dialektus Festival” de Budapeste, em 2007).
Este é um disco essencialmente instrumental, em que todos os temas correspondem a uma dança específica, sobretudo danças tradicionais portuguesas (Repasseado, Malhão, Valsa, Mazurca, Chotiça, etc.); na mesma linha de reinvenção e recriação dos temas da “tradição” (seja lá o que isso for!). Composto, interpretado, gravado, misturado e masterizado por Vasco Ribeiro Casais, conta com a colaboração de Né Ladeiras no único tema cantado do disco - “Malhão do Vento” - com letra de Tiago Torres da Silva.
A edição é da recém criada editora Ferradura e tem distribuição nacional pela Compact Records.

Digressão de lançamento:
22 de Janeiro - Espaço Desassossego - Beja
23 Janeiro - Espaço Celeiros - Évora
28 Janeiro - Contagiarte - Porto
29 Janeiro - Acert - Tondela
12 Fevereiro - Teatro Aveirense
13 Fevereiro - Artistas - Faro
14 Fevereiro - Entrudanças - Entradas (Castro Verde)
26 Fevereiro - Maxime - Lisboa
23 a 25 Julho - Villiandi Folk Music Festival - Estónia

Alinhamento do Disco:
1. Dentro da Matriz
2. A 5 Tempos
3. Repasseado
4. No Cerne
5. À la Muse
6. Algum Barulho
7. E Agora Respira
8. Chotiça da Marmeleira
9. Em Tensão
10. Valsa 30
11. Porka Polka
12 Malhão do Vento (com Né Ladeiras)

Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX

"Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX" pretende forçar criação de museu.

A origem da obra hoje lançada (19.00, Teatro S. Carlos), a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, é tão remota como as reclamações da directora do projecto para a criação de um Museu da Música que conserve em registos sonoros mais de cem anos. Salwa Castelo-Branco, professora catedrática na Universidade Nova de Lisboa e directora do Instituto de Etnomusicologia, dirigiu uma equipa de mais de 150 pessoas durante 12 anos e o resultado são quatro volumes (360 páginas cada), mais de 1200 entradas e 550 fotografias, de Quim Barreiros a Jorge Peixinho, do fado ao pop-rock. A música toda. "Espero que sirva para que o Governo leve a sério a necessidade de se criar um museu."

"É preciso um arquivo sonoro e eu ando há muitos anos a pedi-lo. Há muito que faz falta um Museu de Música, um local que reúna a história musical dos últimos 100 ou 110 anos, desde que se inventou o gramofone", explica Salwa. E desmistifica: "Com as tecnologias actuais seria bem menos dispendioso do que se pensa."

Para já, fica, então, uma espécie de primeira pedra. A Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX está hoje disponível e será apresentada num Teatro de S. Carlos já com lotação esgotada. E só se verá ainda o primeiro volume (de A a C). Os restantes três volumes chegarão em Março (C a L), em Maio (L a P) e Julho (P a Z). Cada um, com 360 páginas, percorre toda a música, do fado à pop, da música popular à erudita, passando pelos artistas e grupos migrantes (Bonga, por exemplo). Custará 24,9 euros, para quem o subscreva na fase inicial, e passará para 29,9 euros posteriormente, altura em que poderá sair do circuito restrito dos sócios do Círculo de Leitores e chegar às livrarias Círculo e Debates.

Portanto, foi construída uma autêntica arca de Noé musical do século XX. De Amália ou Carlos do Carmo a José Afonso; de Quim Barreiros a Lopes Graça; dos Xutos & Pontapés a Jorge Peixinho. É só dizer um nome que estará, certamente, entre as 1200 entradas deste dicionário, com índice temático e onomástico. Além de entradas mais estruturais, a explicar os tipos de música e a sua história.

"Este foi um trabalho que começou em 1997", começa por enquadrar Salwa Castelo-Branco. "Embora remonte a 1995, quando me foi encomendado um dicionário multimedia de cultura expressiva". "Numa primeira fase, varremos toda a literatura, discografia, entrevistámos músicos, críticos, melómanos, etc.", diz. "Para evitar um conjunto disperso, quando recolhemos as informações de mais ou menos 400 entrevistas, a equipa de 155 redactores teve de confirmar todos os dados biográficos e históricos, cruzando-os com outras as fontes", prossegue.

"Começámos por recolher informação básica sobre músicos do século XX e, depois, chegámos a um ponto em que foi possível pôr que uma determinada pessoa se notabilizou", desenvolve.

E os critérios de selecção foram essenciais, passando pelos inevitáveis números de discos vendidos ao contributo que marcou a evolução de determinado estilo. "Até pessoas pouco conhecidas, como por exemplo Vergílio Pereira [Douro Litoral] e Artur Santos [Angra do Heroísmo], foi possível recuperar", ilustra Salwa, que espera que isto "seja a ponta do iceberg para os investigadores aprofundarem". Porque há "muito mais. Pelo menos para mais uma edição. Temos muito material que só precisaria de mais de investigação", conclui. Sob consultadoria geral de Rui Vieira Nery, o núcleo duro de Salwa foi constituído por António Tilly, Rui Cidra, Hugo Silva, Pedro Félix e Pedro Roxo.
fonte ~ dn

Luiz Goes : Homem só, meu irmão [Encontros em Coimbra, 1970]

Tu, a quem a vida pouco deu
que deste o nada que foi teu em gestos desmedidos.
Tu, a quem ninguém estendeu a mão
e mendigas o pão dos teus sentidos
Homem só, meu irmão.

Tu que andas em busca da verdade
e só encontras falsidade em cada sentimento
Inventa, inventa amigo uma canção
que dure para além deste momento
Homem só, meu irmão.

Tu, que nesta vida te perdeste
e nunca a mitos te vendeste,
dura solidão!
Faz dessa solidão teu chão sagrado,
agarra bem teu leme ou teu arado,
Homem só, meu irmão.

Ricardo Rocha: "Não espero nada daquilo que faço"

Nasceu em 1974 e é neto de Fontes Rocha. A relação com a guitarra portuguesa é inevitável, tendo lançado recentemente o seu segundo álbum em nome próprio, 'Luminismo'.

A guitarra portuguesa pode ser considerada um dos instrumentos mais emblemáticos da música portuguesa. Mas ao longo da história foram muito poucos os nomes que fizeram deste um instrumento autónomo do fado. Carlos Paredes e Pedro Caldeira Cabral foram duas excepções. A eles junta-se Ricardo Rocha, que lançou recentemente o seu segundo disco a solo, Luminismo.

Neto do também guitarrista Fontes Rocha (que acompanhou Amália Rodrigues durante mais de 30 anos), a guitarra portuguesa foi desde cedo um instrumento do qual "não houve hipótese" de se desviar. Começou a tocar por volta dos três anos, e aos 13 já acompanhava fadistas. Mas esta relação tão próxima com o instrumento não o impede de referir os problemas que aí encontra: "É um instrumento muito débil e muito difícil de se tornar autónomo, tem uma série de factores que provocam uma certa limitação e um desconforto, o que não é uma sensação muito agradável", disse.

Mas foi a guitarra portuguesa que escolheu em tenra idade, mesmo contra a resistência da família: "Não havia uma única pessoa na família que estivesse de acordo com o facto de eu tocar guitarra, até o meu avô, e agora que olho para trás vejo que tinham razão", contou.

Nem a atenção que teve com o primeiro disco, Voluptuária (2003), que recebeu vários prémios, entre os quais o Prémio Carlos Paredes, Prémio Amália Rodrigues ou Prémio Revelação Ribeiro da Fonte, alteram a forma como analisa o seu ofício: "Tenho sempre a sensação que o que fui fazendo na guitarra provavelmente não vai dar em nada, é algo que falha sempre, mas ao menos fica como um registo, um documento histórico." E acrescentou: "(Depois de gravar) parto sempre do princípio de que não vai ter aceitação nenhuma e que vai passar completamente ao lado, porque um facto muito claro e real é que a música instrumental em Portugal é tratada abaixo de cão e por isso nunca se pode estar à espera de nada. Sempre assim foi, é e será."

Por facilitismo, é por vezes comparado a Carlos Paredes, "a pessoa que mais lamento não ter conhecido", sendo que foi através dele que teve "o primeiro contacto com a guitarra". E a admiração estende-se às versões que fez de vários temas de Paredes nos seus dois discos.

No início da adolescência começou a acompanhar fadistas, uma fase onde sentiu "muitas dificuldades": "Ao princípio tinha uma dificuldade enorme, e detestava, porque não conseguia reconhecer os fados, para mim era tudo igual, e conseguir tocar e associar o nome às músicas... demorei imenso tempo", confessou. Tocou com regularidade em três casas de fados, a Parreirinha, de Argentina Santos, o Nove e Tal, de Nuno da Câmara Pereira, e o Embuçado, de João Ferreira Rosa, o último espaço onde tocou com frequência, mas também "aquele de que mais gostei".

Hoje sente que a sua postura na música "é ainda algo tradicional, do século passado, o que não é compatível com a forma como as coisas se passam hoje em dia, por isso o desenquadramento é inevitável". Refere que nunca teve objectivos delineados para a sua carreira: "Não tenho aquela ansiedade artística da qual toda a gente sofre actualmente, sendo que isso é um vírus com um efeito devastador, porque inverte aquilo que se está a fazer em nome da visibilidade". Mas reconhece que a falta de ambições "não abona" a seu favor.

Aliás, Luminismo já estava pronto desde 2006. No entanto, a editora que na altura estava para o lançar "perdeu o interesse, mas não me disseram nada... e como não estou à espera de rigorosamente nada daquilo que faço, acabo por ficar paralisado e não faço nada".
fonte ~ dn

19 de janeiro de 2010

Júlio Pereira : Magia Imaginação [Graffiti, 2010]

Na primeira manhã, quem vem lá?, quem tem medo?
Meu nome é Peter Pan, mas pra já é segredo
A magia, a imaginação
Que eu trazia na minha mão

Na manhã a seguir, o lugar, o segundo
Sou de Alcácer-Quibir, sou do mar, sou do mundo
A magia, as voltas do Marão
Que eu trazia no meu refrão

Não sei pedir-te por favor
Só te sei falar
Com gestos e com palavrões
E seja lá isso o que for
Eu não vou ficar
A falar com os meus botões

A magia, a imaginação
Que eu trazia na minha mão

Na terceira manhã, o olhar, o chuveiro
Vou morder a maçã, vou estudar o teu cheiro
A magia, a força de Sansão
Que eu trazia no coração





Casting Donna Maria

Terá lugar no 1º Trimestre deste ano o Casting para a nova vocalista dos Donna Maria.
Esta 1ª fase será uma pré-selecção para a fase final do Casting a realizar num estúdio em Lisboa.
As interessadas podem enviar o Curriculum Vitae (com fotografia) para donnamaria@netcabo.pt ou donna.maria@sapo.pt.
Serão posteriormente contactadas quando estiverem definidas as datas do referido Casting.

13 de janeiro de 2010

Aulas de canto | Lisboa

Cantora lírica aceita inscrições para aulas de canto.

Projecto de formação:
- Respiração
- Técnica vocal (canto lírico)
- Preparação de reportório (música erudita e musicais)

Contactar via e-mail para info@mainevent-espectaculos.com ou por telefone para 91 188 7414.

7 de janeiro de 2010

[Partituras] Esta noite é de Natal

d'Orfeu: primeiros manifestos de uma escola de artes?

O ano 2010, décimo quinto da d’Orfeu, marcará a renovação de conceito de toda a sua oferta formativa. Às portas de um novo ciclo, a associação lança as sementes de uma plataforma integrada de formação artística e criatividade, uma verdadeira escola de artes, de educação para a cultura, de cidadania activa e maturidade crítica. Mas uma escola, como terá sempre que se entender a d’Orfeu Associação Cultural.

A EMtrad’ - Escola de Música Tradicional, até aqui aglutinadora da oferta formativa da d’Orfeu, vai agora integrar-se num novo paradigma formativo mais abrangente, numa viragem essencial para a pluralidade artística. Os objectivos locais da d’Orfeu não dispensam o resgate, para a Formação, das reconhecidas práticas transversais na programação de eventos. Além disso, uma dinâmica solidária e indissociável existirá entre a pedagogia e a Criação, entre formadores e criadores, desejavelmente os mesmos soldados, um musculado pelotão único à conquista do envolvimento da comunidade na cultura e nas artes. E, qual desígnio d’Orfeu, sempre a música como pivot da transdisciplinaridade.

Ao longo deste novo ano de 2010, mesmo antes das definitivas paredes para esta autêntica Incubadora, a actividade formativa da d’Orfeu começará já a debitar as primeiras oportunidades, fazendo conviver actividades regulares e pontuais, a saber:

* de Fevereiro a Abril, o Workshop de Teatro para adultos, por Ana Lúcia Xavier (inscrições já a abertas);
* em Fevereiro, o III Seminário para o Associativismo, em co-produção com a autarquia;
* em estruturação, o Núcleo de Vídeo d’Orfeu reúne já aficionados na exploração e divulgação das técnicas ligadas ao vídeo e ao cinema;
* no mês de Março, novo Curso de Som e Produção, em 4ª edição, que formará mais uma leva de técnicos de som/sonoplastia;
* no início de Abril, terá lugar o 7º Ciclo Experimental “Hepta”, este ano dedicado às tecnologias ao serviço das artes;
* em actividade contínua, a EMtrad’ prossegue com a habitual oferta de aulas semanais em instrumentos tradicionais – com especial incentivo aos membros dos grupos folclóricos do concelho -, bem como o Coro Infantil (aos sábados de manhã) e a Aula Grátis Semanal (às quartas-feiras às 19h00).

Até ao Verão, várias outras acções garantirão este registo multiplicador de oportunidades formativas. Em Setembro de 2010 arrancará na plenitude um novo tempo para o papel pedagógico da d’Orfeu em Águeda, a 3ª geração da sua área de Formação. Uma escola de artes / incubadora, no desejado estímulo criativo a uma cidade tocada pela Cultura. Para uma d’Orfeu no coração e na cabeça de Águeda quando se atingirem 15 anos de actividade, ao fechar 2010. E depois, então, no pulmão.

6 de janeiro de 2010

"Tanto beilei cula gaita galhega"


Artigo sobre a música mirandesa, de Xosé Luís Méndez Ferrín.
Faro de Vigo, 26 Dezembro 2009.

Júlio Pereira: Graffitti

Júlio Pereira, com uma carreira musical marcadamente instrumental, decidiu fazer um disco de canções. Convidou Tiago Torres da Silva para fazer as letras e Tiago Taron para pintar o universo das canções.

Este projecto será apresentado em três fases:
Um Single (dois temas), Um EP (quatro temas) e finalmente o CD!

Este single inclui dois temas cantados por Maria João ("Magia Imaginação") e Luanda Cozetti ("É um dia sim, é um dia não")

As datas mais importantes do Graffiti single:
01 de Janeiro – Neste site Download gratuito dos temas
04 de Janeiro - Rádio! O Graffiti single é entregue na RFM
14 de Janeiro – É colocado à venda, na FNAC
15 de Janeiro – Lançamento do projecto na Ler Devagar e exposição de Tiago Taron
Galeria Arthobler - LX Factory (Alcântara) - R. Rodrigues de Faria, Lisboa.

Eis as canções! Podem ouvi-las aqui no site do autor
no Facebook - Julio Pereira1 | Julio Pereira2 | Projecto Graffiti | Julio Pereira Fan Page
no Myspace - Júlio Pereira e Graffiti, e ainda Reverbnation!

Boa audição! Desfrutem!

1 de janeiro de 2010

Sérgio Godinho : Primeiro dia [Pano cru, 1978]

A princípio é simples anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que leva a peito
bebe-se come-se e alguém nos diz bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vem cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Sérgio Godinho

[Partituras] O Deus Menino nasceu