28 de setembro de 2007

ROBERTO LEAL mergulha a fundo na tradição mirandesa

E se numa das mais importantes celebrações folk da Península Ibérica pudéssemos ver (num dos cartazes de 2008) inscrito o nome de ROBERTO LEAL? Espantados? Depois de ouvir o novo disco “Canto da Terra” diria que tudo é possível. Oriundo de Vale da Porca, Macedo de Cavaleiros, o cantor de música ligeira sobejamente conhecido pelo seu sotaque brasileiro e por êxitos da rádio de Onda Média como “Dá Cá Um Beijo” ou “Bate o Pé”, mergulhou a fundo na cultura mirandesa e apresenta-nos agora um álbum que, quem sabe, poderá ser um dos candidatos ao Prémio José Afonso de 2008. Não. Não estou a exagerar. Senão vejamos: Sabem quem é o responsável pelos arranjos e direcção artística do disco? RICARDO DIAS. Olhemos agora a lista de convidados: MANUEL ROCHA (da BRIGADA), AMADEU MAGALHÃES (já perdemos a conta aos projectos em que este multi-instrumentista que criou os REALEJO participa), GALANDUM GALUNDAINA (que cantam e tocam percussões em algumas das modas), RÃO KYAO, ANDRÉ SOUSA MACHADO e VITORINO. Além disso, há aqui também um agradecimento muito especial a MÁRIO ESTANISLAU e VICTOR FÉLIX dos RONCOS DO DIABO.

Em “Canto da Terra”, ROBERTO LEAL mergulhou a fundo na tradição de Miranda. Chega mesmo a cantar em mirandês (o escritor e estudioso Amadeu Ferreira colaborou também na pesquisa e tradução das letras) em vários temas, como “Nós Tenemos Muitos Nabos”, “Sinhá Senhora”, “Chin Glin Din”, “La Molinera” e “La Çarandilhera”. Só é pena que o trabalho gráfico da capa não tenha a sofisticação dos arranjos deste interessante lote de temas. O disco será apresentado ao vivo em breve no Casino Estoril (em data a anunciar). Eu vou!

fonte ~ Luís Rei, Crónicas da Terra

27 de setembro de 2007

Coimbra - Grupo de Fado apresenta temas inéditos do seu CD

O CD desta formação, a lançar antes do final do ano, intitula-se «Coimbra» e contém 13 temas inéditos da canção coimbrã, disse hoje à agência Lusa Ricardo Dias, um dos músicos do grupo.

Poemas de Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Mário Cesariny e Antero de Quental, entre outros autores, serão cantados com música inédita do grupo.

Vão ser também executados alguns dos temas instrumentais inéditos que farão parte do CD.

O Coimbra - Grupo de Fado integra João Farinha (voz), Ricardo Dias (guitarra) e Pedro Lopes (viola).

No espectáculo de sábado, actuam ainda Luís Oliveira (contrabaixo) e o maestro Augusto Mesquita (piano de cauda).

Constituído em 2006 com o objectivo de «representar e dignificar a canção de Coimbra ao mais alto nível, o grupo potencia a vasta experiência dos seus elementos no sentido de renovar e refrescar a música de Coimbra, através, sobretudo, da composição de temas novos, embora mantendo a identidade e a sonoridade com que a música coimbrã é conhecida e reconhecida», lê-se num texto sobre a iniciativa.

No concerto, a fadista Cristina Branco interpretará temas do seu repertório, acompanhada pelo pianista Ricardo M. Dias, e actuará também com o grupo.

Organizado pela Fundação Inês de Castro, o espectáculo insere-se no ciclo «As Quatro Estações das Lágrimas», que visa proporcionar a Coimbra uma noite musical diferente.

Segundo a nota da organização, a celebração do Outono é o pretexto para esta «noite mágica» que assinala, na Quinta das Lágrimas, a mudança de estação.

Cada concerto é «especialmente concebido para assinalar a mudança de estação» e procura-se «fomentar o encontro entre intérpretes de Coimbra e nomes cimeiros da cena musical portuguesa, numa ambiência única e numa noite que se pretende fique na memória de todos os que assistam ao espectáculo».
Lusa

17 de setembro de 2007

Brigada Victor Jara distinguida com Prémio José Afonso


O grupo português
Brigada Victor Jara venceu a edição de 2007 do Prémio José Afonso, com o álbum Ceia Louca, editado em 2006, anunciou hoje a Câmara Municipal da Amadora.

Ceia Louca assinalou o regresso da Brigada Victor Jara, numa altura de celebrações de mais de três décadas de carreira, desde que o grupo apareceu, em 1975 em Coimbra.
O prémio foi atribuído por unanimidade por um júri do qual fizeram parte Olga Prats, António Vitorino de Almeida, Carlos Pinto Coelho, António Moreira e Natália Cañamero de Matos.
O Prémio José Afonso foi criado em 1988 para homenagear o cantautor português e destina-se a galardoar um álbum de edição portuguesa cujos temas tenham como referência a cultura e a história portuguesas.

Actualmente com nove músicos, a Brigada Victor Jara já integrou na sua formação inicial artistas como Né Ladeiras, Fernando Amílcar e Joaquim Caixeiro.
Em 1977, dois anos depois de se terem formado, com um nome que homenageia o cantor chileno Víctor Jara, editaram o primeiro álbum, Eito Fora, feito de cantares regionais.
Da sua discografia destaca-se Monte formoso, em 1989, do qual saiu um espectáculo de homenagem a José Afonso, que contou com a participação do Teatro Bonifrates e do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra.
Em 2000 lançaram Por sendas, montes e vales e em 2006 Ceia louca, que contou com a participação de convidados como Carlos do Carmo, Vitorino e Janita Salomé, Lena d´Água e Jorge Palma.
O prémio José Afonso, que não foi atribuído em 2006, será entregue à Brigada Victor Jara no dia 22 de Setembro nos Recreios da Amadora.
Fausto, Sérgio Godinho, Né Ladeiras, Dulce Pontes, Filipa Pais, Carlos do Carmo e José Medeiros foram alguns dos músicos portugueses já distinguidos com o Prémio José Afonso.
Lusa/SOL

14 de setembro de 2007

A não perder!

Amanhã, 15 de Setembro, na TSF depois do noticiário das 11h, vão emitir um programa especial dedicado ao Festival Intercéltico de Sendim, que ocorreu no Nordeste de Trás-os-Montes a principios de Agosto.

Aviso a todos os Profissionais das Artes do Espectáculo e Audiovisual

Encontro no próximo dia 17 de Setembro, 2ª feira, ás 21h30m na RE.AL (Rua do Poço dos Negros n.º55)

No passado dia 10 de Setembro, a Plataforma dos Intermitentes encontrou-se no Maxime, em Lisboa, para discutir a proposta de lei do Governo que irá aprovar o regime de contratos de trabalho dos profissionais do espectáculo e do audiovisual.
A Plataforma dos Intermitentes é um grupo composto por estruturas, sindicatos e outras organizações que está a trabalhar desde há cerca de um ano, analisando as propostas de lei do BE e PCP acerca da regulamentação para os profissionais do sector das artes do espectáculo e audiovisual, tendo reuniões com os diversos grupos parlamentares e redigindo uma proposta sobre as matérias a regular nesta área, como a certificação profissional, o sistema de protecção social e o regime de intermitência.
Ainda não está marcada a data para aprovação desta proposta por parte do Governo maioritário PS e é importante salientar que OS ESFORÇOS LEVADOS A CABO PELA PLATAFORMA e por outras entidades RESULTARAM NO ADIAMENTO DA APROVAÇÃO PREVIAMENTE AGENDADA PARA JULHO ÚLTIMO.

VAMOS TER QUE NOS MEXER!

porque neste momento o governo prepara-se para aprovar uma lei que, para além de não resolver a situação que a maioria de nós vive (passar períodos de fome entre um trabalho que acaba e o próximo que só começa daí a três meses, ter que abrir e fechar actividade para colmatar a ausência de legislação adequada, não estar inscrito na segurança social por não poder pagá-la quando não se está a trabalhar, etc...) ainda vai prejudicar os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual que são actualmente enquadrados pela lei geral do trabalho.

Sem discussão sobre o conceito de intermitente e uma proposta concreta sobre a matéria da Segurança Social, não nos é possível aceitar esta lei!
Devemos desenvolver em conjunto uma lei que realmente sirva aos profissionais, não uma lei inútil, sem a mínima percepção das dificuldades e necessidades do sector que a Plataforma representa. Querendo convencer o país que finalmente estão a resolver os problemas dos trabalhadores do espectáculo e do audiovisual...

Intermitência tem sido um conceito difícil de entender para o nosso governo:
O conceito de intermitência enquanto aspecto do exercício das profissões do espectáculo e do audiovisual, que tem servido de base material para a regulamentação dos regimes contratuais em diversos países (França, Holanda ou Alemanha), é formulado a partir da circunstância da sujeição dos trabalhadores dos espectáculos e do audiovisual a períodos de suspensão da sua actividade, em resultado dos necessários tempos de aperfeiçoamento e maturação artística, bem como da limitação temporal do ciclo económico da produção de espectáculos, normalmente associados a diferentes e sucessivas entidades empregadoras.
Este conceito tem servido como fundamento a regimes de contratação e de segurança social nesses países, que visam proteger o trabalhador face à descontinuidade da prestação de trabalho e das consequências dessa situação no plano remuneratório.

Da leitura do artigo 7º desta proposta de lei conclui-se que, sob a designação de contrato de trabalho intermitente, se cria um modelo contratual que visa exclusivamente a redução das contrapartidas de que beneficiará um trabalhador com vínculo de carácter permanente [SEM ESTABELECER NENHUM BENEFÍCIO PARA AQUELES QUE EFECTIVAMENTE EXERCEM UMA ACTIVIDADE DE FORMA INTERMITENTE NESTE SECTOR].

VAMOS TER QUE NOS MEXER!

COMO?

· entupindo contas de e-mail protestando sobre esta situação*
· informando e motivando os colegas de profissão para esta luta
· estando presentes em massa em frente à AR no dia da aprovação da proposta de lei (em data ainda a anunciar)

· lendo comunicados ao público no início dos espectáculos sobre esta situação
· entregando informação escrita ao público antes e/ou depois dos espectáculose qualquer outra acção individual ou colectiva que entendam útil

*Serão enviados dados mais concretos sobre que e-mails entupir e com sugestões da mensagem a enviar.

esclarece as tuas dúvidas ou propõe outras acções através do endereço:
intermitentes@gmail.com


A Plataforma dos Intermitentes é constituida pelas seguintes organizações: AIP- Associação de Imagem Portuguesa, Associação Novo Circo, ARA – Associação de Assistentes de Realização e Anotação, ATSP – Associação dos Técnicos de Som Profissional, Granular - Associação de Música Contemporânea, PLATEIA - Associação de Profissionais das Artes Cénicas, REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, RAMPA, Sindicato dos Músicos, SINTTAV- Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual, STE - Sindicato das Artes do Espectáculo.

Bolsa de Instrumentos

Este ano a Bolsa de Instrumentos vai funcionar de modo diferente.

Existem dois períodos de bolsa, sendo que o primeiro é de 6 meses (de Outubro de 2007 a Abril de 2008) e o segundo de Maio de 2008 a Maio de 2009.

As candidaturas para a primeira bolsa estão abertas até 8 de Setembro. As candidaturas para a segunda bolsa abrem em Fevereiro.

12 de setembro de 2007

Filme Fados apresentado no Museu do Fado

Com estreia marcada para dia 4 de Outubro, o filme Fados, do realizador espanhol Carlos Saura, foi hoje apresentado à imprensa no Museu do Fado, em Lisboa. O projecto, cuja gestação começou há cinco anos, está finalmente concluído e teve a sua estreia mundial na semana passada, no Festival Internacional de Cinema de Toronto.

No final da exibição e acompanhado pelos fadistas Carlos do Carmo e Marisa, Saura foi presenteado com uma ovação que durou cerca de cinco minutos.

Depois de Flamenco (1995) e Tango (1998) – nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro -, Fados representa mais uma incursão do cineasta pelo mundo da música e, neste caso, um olhar especial sobre o estilo que melhor representa a cultura portuguesa.

São vários os artistas que participam em Fados. Mas nem só fadistas e nem só de portugueses é feita esta declaração de amor de Saura à canção de Lisboa. Além de nomes inevitáveis como Camané, Carlos do Carmo, Mariza, Vicente da Câmara ou Argentina Santos há outros que podem surpreender: Caetano Veloso interpreta Estranha Forma de Vida e a mexicana Lila Downs dá voz a Foi na Travessa da Palha. Também Chico Buarque, Lura, Rui Veloso ou os hip hopers NBC e SP & Wilson emprestam voz e sonoridades a Fados. Carlos do Carmo e Rui Vieira Nery desempenharam o papel de consultores musicais.

A ante-estreia em Portugal está marcada para dia 26 no Cinema São Jorge, em Lisboa, e o filme está já vendido para 20 países. Em agenda estão também importantes exibições em diversos festivais de cinema e várias cidades, um pouco por todo o mundo.

Durante a apresentação à imprensa Ivan Dias, pai da ideia original e responsável pela produção artística, explicou que «não foram precisos mais do que cinco minutos para interessar Carlos Saura pelo projecto» e congratulou-se pelo resultado final, sublinhando que «quem vê o filme sente orgulho em ser português».

José Amaral Lopes, presidente da EGEAC, empresa responsável pela gestão de equipamentos e animação cultural da cidade de Lisboa, falou numa «aposta ganha» e relembrou que foram muitas as críticas quando a EGEAC contribui com um milhão de euros para a concretização do projecto.

Também José Eduardo Moniz – a TVI é uma das co-produtoras em conjunto com a EGEAC e o Turismo de Portugal – esteve presente e manifestou o seu contentamento pela participação da estação de Queluz no filme de Saura. «Tendo em conta o que se escreve sobre o perfil do canal, para muitos deve ter sido uma surpresa a TVI apostar neste projecto», começou por afirmar Moniz. «Mas somos um canal português e queremos estar de mãos dadas com o que é português», acrescentou.

Fados poderá desempenhar, assim acredita João Teixeira, administrador-executivo da EMI Portugal, um papel decisivo na promoção do fado e dos artistas portugueses. «O fado tem um potencial de exportação maior do que o Flamenco e este projecto, para a EMI, não poderia ter sido mais bem-vindo».

A produção de Fados é responsabilidade da Fado Filmes, da Duvideo e da Zebra Producciones, será distribuído pela Lusomundo e EMI Portugal editará a banda sonora, que será lançada no próximo dia 24 em Portugal, Espanha e Bulgária; e mais tarde no Brasil, França e Japão.
fonte ~ José Fialho / Sol

9 de setembro de 2007

Cavaquinho, Concertina e Gaita-de-Foles > cursos mensais na EMtrad'

A EMtrad' retoma os cursos mensais de Cavaquinho, Concertina e Gaita-de-Foles, que vão dirigidos a tocadores com pouca disponibilidade para um regime semanal de aulas na EMtrad’ (por limitação horária ou por distância geográfica de Águeda), permitindo concentrar o estudo acompanhado num único fim-de-semana por mês.

Datas de Setembro dos Cursos Mensais
Novidade: custo inscrição 30Eur decresce consoante nº participantes inscritos!
Ainda aplicável Programa Apoio 50% para elementos dos grupos folclóricos Águeda.

Curso Mensal de CAVAQUINHO
formador: André Jesus
marcado para
15 Setembro 2007
inscrições abertas para o bloco
SÁBADO MANHÃ (9h30 – 12h30)


Curso Mensal de CONCERTINA

formador: Artur Fernandes
marcado para
15 e 16 Setembro 2007
inscrições abertas para os blocos:
SÁBADO TARDE (14h00 – 17h00)
DOMINGO MANHÃ (9h30 – 12h30)


Curso Mensal de GAITA DE FOLES
formador: Dulce Cruz
marcado para
23 Setembro 2007
inscrições abertas para o bloco
DOMINGO MANHÃ (9h30 – 12h30)


inscrição ou informações: dorfeu@dorfeu.com

8 de setembro de 2007

Fados: a visão de Carlos Saura

Ao final da tarde de quinta-feira, em Toronto, Canadá, Mariza e Carlos do Carmo, protagonistas da película, pisaram a passadeira vermelha reservada às celebridades do cinema, em direcção ao auditório do Teatro da universidade Ryerson, para assistir à estreia mundial de «Fados».

No final da exibição deste musical que, em estreia mundial, fez a abertura do Festival de Cinema de Toronto, as cerca de 1.000 pessoas presentes aplaudiram de pé, Carlos Saura e os dois fadistas portugueses presentes.

Em declarações à Lusa, Mariza comentou que «este filme de Carlos Saura eleva o fado, a alma do povo português».

«Trabalhar com o Carlos Saura é muito fácil. É uma pessoa simples. Para mim foi um privilégio pode trabalhar com ele e com todos estes artistas», referiu.

No filme, Mariza interpreta «Transparente», com ritmos africanos, e o «Fado Meu», este último numa nova versão misturada com Flamenco, cantada em parceria com o espanhol Miguel Poveda.

Sobre a sua primeira experiência no mundo do cinema, Mariza confessou ter tido uma «sensação um pouco estranha».

«Geralmente não me vejo a cantar o fado. Canto apenas no palco», indicou.

«Senti-me sempre fadista no filme e não actriz», adiantou a cantora, acrescentando desconhecer se tem aptidões para representar.

Carlos do Carmo, também presente em Toronto para esta estreia, evidenciava grande nervosismo antes da estreia e transbordava emoção e felicidade no final da projecção.

«Foi um dos dias mais felizes na minha vida. Este filme foi sonhado por mim. E o resultado é a materialização desse sonho», declarou à Agência Lusa.

O fadista indicou ter sido ele quem definiu e sugeriu toda a estrutura musical deste filme.

«Carlos Saura é um um homem muito simples, de uma grande sensibilidade musical e um brilhante realizador», realçou.

Além de ter sido supervisor musical, Carlos do Carmo participou também no filme, dando a voz num fado sobre Lisboa e a «Um homem na cidade», participando ainda numa renovada versão de «Fado Tropical», por Chico Buarque.

Em relação à estreia em Portugal, marcada para 25 de Setembro, Mariza disse que espera que «alguns puristas do fado façam comentários».

«Mas Carlos Saura com este filme dá dignidade ao fado, ajudará à sua projecção em todo o Mundo e contribuirá para que as pessoas procurem conhecer mais o fado», salientou.

No entender de Carlos do Carmo, urge uma mudança de atitude dos portugueses quanto ao fado, já que a larga maioria diz «nada conhecer» sobre a maior expressão do canto nacional.

«É um preconceito que tem de acabar», remarcou.

«Se o filme correr bem, não haverá derrotados», apontou ainda Carlos do Carmo.

Momentos antes do início da estreia, na sala do Teatro Ryerson, as expectativas da assistência eram muitas.

O fado, através de uma longa lista de perto de 30 vozes e interpretações, foi a estrela na tela durante 85 minutos.

No final, as cerca de 1.000 pessoas que encheram a sala de Toronto aplaudiram de pé.

Do fado castiço de Alfredo Marceneiro, à era moderna de Amália Rodrigues, o filme mostrou o fado e espelhou Portugal através da sobriedade e inteligência de Carlos Saura, mostrando ainda as novas tendências e as influências africanas e brasileiras.

No final da estreia, António Saura, filho de Carlos Saura e produtor do filme, expressou à Lusa um grande agradecimento a Portugal, devido a «ser um país de uma imensa riqueza cultural».

Além de Mariza e Carlos do Carmo, participam no filme outros fadistas como Argentina Santos e Camané.

A película contempla a homenagens a Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro e Lucília do Carmo.

O cantor brasileiro Caetano Veloso interpreta o fado «Estranha forma de vida», da autoria de Amália Rodrigues, e Chico Buarque rejuvenesce a sua composição «Fado Tropical», num dueto com Carlos do Carmo.
Lusa

4 de setembro de 2007

Novo disco de António Zambujo sai a 15 de Setembro

Em «Outro sentido», o cantor alentejano dá continuidade ao trabalho anterior, «Por meu cante», no qual dá a conhecer as suas outras influências musicais para além do fado: a música tradicional portuguesa, a MPB (música popular brasileira) e o jazz.

Para concretizar este projecto, António Zambujo convidou os músicos Ricardo Cruz (produtor dos seus dois discos anteriores) e Carlos Manuel Proença.

O disco é composto por 13 temas, entre os quais alguns fados «clássicos» como «Amor de mel, amor de fel», «Fado menor» (com letra da poetisa Maria Manuel Cid), «Nem às paredes confesso», «A nossa contradição» (tema de Alfredo Marceneiro e letra da fadista Aldina Duarte), além de «Fadista Louco» e «Foi Deus» (ambos compostos pelo alentejano Alberto Janes).

«Outro sentido» resulta de uma parceria entre a Ocarina e a Fee-Fii-Foo-Fado e estará disponível no mercado a partir do dia 15 de Setembro.

Neste mesmo dia, António Zambujo apresenta «Outro Sentido» num concerto em Beja (Teatro Pax Julia às 21:30).
fonte ~ Diário Digital

"Fados de uma Vida" reúne as escolhas de Carlos do Carmo

Referência incontornável do Fado, Carlos do Carmo reúne em «Fados de uma vida», à venda a partir de hoje, as suas escolhas pessoais. Os fados da sua vida que são também aqueles que ajudam a contar a história da canção portuguesa.
Nesta colectânea podemos ouvir a magia que o Fado contém através da forte personalidade dos seus criadores. “Cada um deixa bem claro que cantar o fado não é imitar, é inventar, não é sofrer, é dar um sublinhado de alma ao lado triste da vida” – Escreve Carlos do Carmo no texto que acompanha o disco. Nesta abordagem, conta o fadista, “fiz uma selecção de figuras emblemáticas que através do seu talento deram ao Fado o figurino que a minha geração e a que acaba de chegar tomaram como herança…”. Entre as figuras estão nomes como Amália Rodrigues, Armandinho, Alfredo Marceneiro ou Maria Teresa de Noronha.

Recorde-se que Carlos do Carmo fez recentemente uma pré-apresentação de «Fados de uma vida», na Casa da Música, quando participou no ciclo «Um Porto de Fado». A reacção do público foi de tal forma positiva que, no final, fadista agradeceu a calorosa recepção ao seu novo trabalho.
O Primeiro de Janeiro
por morrer uma andorinha