30 de maio de 2010

Andanças 2010

Já estão lançadas as datas do Andanças – Festival Internacional de Danças Populares, de 2 a 8 de Agosto em S. Pedro do Sul. O tema deste ano é a COMUNIDADE.
Desde 1996, o Andanças reúne pessoas de todo o país e do Mundo, num espírito inédito de partilha, encontro e práticas sustentáveis, o que faz com que seja procurado por todos aqueles que querem uma alternativa aos habituais festivais de Verão – um espaço onde se dança, onde se faz música, mas também onde se partilham e se cruzam propostas e ideias para um mundo melhor.

Comunidade: dar e receber - partilhar
Este ano, o tema será “Comunidade” e ao contrário do que pode parecer, será um tema que promete debates acesos, polémicas e diferenças de opinião entre todos os participantes.
Queremos lançar o debate em torno de uma filosofia Open-Source (aplicações gratuitas de código aberto) para desafiar os monopólios globais; partilha de informação e experiências entre público e artistas; inteligência colectiva; discussão sobre Direitos de Autor e Novas Tecnologias para músicos que querem partilhar as suas obras sem intermediários do mercado discográfico; queremos falar sobre criação musical e artística através da Internet e promover o encontro entre comunidades locais e globais, com um programa que inclui grupos musicais, bailarinos e monitores de dança de quatro continentes.

29 de maio de 2010

Danças Ocultas na Womex 2010

O grupo Danças Ocultas foi selecionado para se apresentar ao vivo naquela que é considerada a maior feira mundial na área das Músicas do Mundo.
A WOMEX é uma feira internacional de música destinada a mostrar, anualmente, a profissionais da indústria, o que de melhor se faz na música de cariz mais tradicional e étnico, habitualmente catalogada nas discotecas como "world music".
Mariza, Camané, Ana Sofia Varela, Sara Tavares e os Gaiteiros de Lisboa, foram alguns dos nomes portugueses escolhidos em anteriores edições.
Dia 30 o grupo apresenta pelas 21:00 no Instituto Franco-Português, em Lisboa, à avenida Luís Bívar, o mais recente álbum, intitulado "Tarab".
"Tarab", editado em Outubro, integra temas que resultam de uma procura da simplicidade de harmonias e ritmos da concertina, disse o músico Artur Fernandes.
É um álbum - disse o músico - que contrasta com o registo anterior, "Pulsar", que data de 2004, no qual o grupo introduziu novos instrumentos e convidados vocais.
Foram precisos cinco anos para lançar "Tarab" porque, para o grupo, os processos de criação são longos e é neles que descobrem "que está a acontecer uma transformação estética".
"O tipo de música que fazemos - porque a fazemos em oficina coletiva - obriga a tempos de maturação bastante longos", justificou.
fonte ~ hardmusica

25 de maio de 2010

Há Fado na Mouraria

"O concurso visa dinamizar e revitalizar o bairro da Mouraria através do fado", disse à Lusa Ester Margarida, da associação Renovar a Mouraria, uma das organizadoras do concurso.
"Curiosamente, o bairro onde morreu Maria Severa não tem actualmente uma casa de fados", referiu a responsável.
O concurso "Há fado na Mouraria" está aberto a residentes em todo o país, com mais de 16 anos e decorrerá em três etapas: pré-selecção; três eliminatórias e uma final.
Cada fadista terá de apresentar três fados a concurso um dos quais obrigatoriamente com letra inédita.
O estudioso de fado José Manuel Osório é o consultor do concurso e presidirá a todos os júris das diferentes fases. Cada júri, "ainda não definido", será composto por cinco pessoas, disse Ester Margarida.
Da primeira selecção, em Outubro, sairão 30 concorrentes que se dividirão por três eliminatórias, das quais chegarão 12 candidatos à final (os quatro primeiros classificados de cada eliminatória).
Os vencedores receberão o Prémio Maria Severa e ainda um cheque no valor de mil euros para o 1.º classificado, 500 para o segundo e 250 para o terceiro.
O troféu é da autoria do designer Nuno Saraiva e é hoje apresentado no Museu do Fado.
Ester Margarida afirmou que as inscrições abrem no dia 13 de Junho, no arraial que a associação organiza na Mouraria, e encerram a 30 de Setembro, mas não adiantou outros pormenores "pois o processo está ainda no início".
A responsável referiu que "não é de descurar a possibilidade de se realizar alguma das fases no Teatro Taborda" localizado na Costa do Castelo, no topo da Mouraria.
fonte ~ hardmusica

19 de maio de 2010

Carlos do Carmo: 100 canções - Uma vida

Após as comemorações de 45 Anos de Carreira, em 2008, assinaladas com 2 concertos – no Casino Estoril e no Pavilhão Atlântico, em Lisboa – e a edição do seu único best of até à data, “Fado Maestro” - em 2010 vai ser editada a primeira grande colecção com reportório de Carlos do Carmo, intitulada “100 Canções – Uma Vida”.

Esta colecção - uma edição em exclusivo com o jornal “Público” que estará disponível semanalmente, a partir do dia 24 de Maio – é composta por 10 volumes temáticos:
  • Os Poetas
  • Lisboa
  • Os Compositores
  • À Guitarra e À Viola
  • Os Fados Tradicionais
  • Com Orquestras
  • Outros “Fados
  • Internacional
  • Ary por Carlos do Carmo
  • Ao Vivo no Casino Estoril
O reportório que integra a colecção foi pessoalmente escolhido por Carlos do Carmo, em jeito de homenagem ora aos poetas que cantou ou à cidade onde sempre viveu, ora aos músicos que o acompanharam ou ao seu saudoso amigo José Carlos Ary dos Santos.

Para contar a história de uma vida de canções, o fadista sentou-se à conversa com a jornalista Ana Sousa Dias, dando origem aos textos que integram cada um dos volumes da colecção, através dos quais ficamos a conhecer, em primeira mão, os motivos que o levaram a seleccionar cada fado bem como as histórias que cada um guarda.

10 volumes temáticos com 10 temas cada reúnem assim grande parte da obra gravada de Carlos do Carmo, de 1963 a 2008, culminando na edição inédita e exclusiva do disco “Ao Vivo no Casino Estoril”, gravado no dia 3 de Outubro de 2008.

A colecção “100 Canções – Uma Vida” será apresentada no dia 21 de Maio, pelas 21h30, no Museu do Fado.

"Cancionário" de Ricardo Parreira

“Cancionário” é o novo trabalho discográfico e espectáculo do guitarrista Ricardo Parreira.

Depois do seu disco de estreia “Nas Veias de uma Guitarra – Tributo a Fernando Alvim”, considerado pela crítica e comentadores como um dos mais importantes documentos sobre os grandes compositores da história da guitarra portuguesa dos últimos anos, Ricardo Parreira prossegue agora numa nova viagem: um trabalho com base no fado, ainda que mais dedicado à música tradicional e popular portuguesa.

Este novo disco, que será também um novo espectáculo, tem vozes convidadas, baixo e percussões. Tem ritmo, balanço e diversidade, numa viagem sem sacrifícios pela história da nossa alma: “É preciso ter vontade de dançar mesmo que não seja o caso…”

Os temas são, na sua grande maioria, originais: alguns compostos pelo jovem músico e outros por alguns dos compositores da nova geração como Yami, Marco Oliveira e Hélder Moutinho. Da recolha feita do repertório da música popular e tradicional portuguesa destacam-se “Mi Maruxa”, “Gondarem”, “Danças Portuguesas nº 2”, “Altos Altentes”, entre outros grandes temas imortalizados por grandes intérpretes como José Afonso, Carlos Paredes ou Amália Rodrigues, esta última num repertório mais popular.

Embora se trate de um disco acima de tudo dedicado à guitarra portuguesa, desta vez Ricardo Parreira convida as vozes de Micaela Vaz, Vânia Conde e Marco Oliveira para alguns dos temas e conta com Yami e Joaquim Teles nos coros.

Este desafio, que partiu de um espectáculo inserido no âmbito do Festival “Casa Portuguesa”, promovido e realizado pela Casa da Música, em Julho de 2009, na Sala Suggia (Grande Auditório), começou a ser gravado em Agosto passado, entre as várias viagens que o músico teve de fazer pelo mundo fora, e está agora pronto para sair para a rua. Assim como o espectáculo que será apresentado, em primeira mão, no dia 20 de Maio no Cineteatro São Jorge, em Lisboa.

No início de Junho, Ricardo Parreira parte para os Estados Unidos para um dos mais importantes eventos culturais daquele país, o “Ibero American Guitar Festival”, um festival em Homenagem a ao compositor mexicano Manuel M. Ponce, onde participam grandes instrumentistas como Carlos Barbosa-Lima, Margarita Escarpa, José Mendoza (Aymara/Quechua), e Carlos Moscardini, entre outros.

Depois apresenta-se na Praça de Armas do Castelo de São Jorge no Festival “Festa do Fado” onde acrescenta convidados à sua banda. Desta vez três dos mais emblemáticos intérpretes da Canção de Coimbra, duas testemunhas, Fernando Machado Soares e Luís Góis, e um cantor da nova geração, António Ataíde.

16 de maio de 2010

Ronda dos Quatro Caminhos : Saias Raianas

O fado tem uma nova história que só se canta em português

A história que se segue, apesar de improvável, é matéria de facto. José Alberto Sardinha, advogado de Torres Vedras, investigador da música tradicional há mais de 30 anos, deu por si em nova viagem entre Beiras, de gravador ligado, à espera de aumentar a sua colecção de recolhas musicais de um Portugal tradicional. "Pela enésima vez, escutava uma velhinha entre cantos do romanceiro e encontrava neles incríveis semelhanças com o fado." Corria o ano de 1988 e, 16 anos depois de se ter iniciado nas lides da descoberta musical, o investigador regressava a casa, recuperava gravações de outros anos e consultava boa parte da sua biblioteca etnográfica. "Foi uma epifania: e se o fado não fosse de outro mundo, se tivesse nascido no meio da nossa tradição oral?"

A hipótese concretizou-se, pelas contas de José Alberto Sardinha, e fez-se livro. "A Origem do Fado" abandona teorias que fixam a génese do género entre África, Brasil e terras árabes e fixa-a no Portugal medieval. O autor diz "o que nunca foi antes publicado: que o fado nasceu da tradição oral, do substrato musical presente em todo o território português", fixando-se mais tarde em Lisboa com uma convicção que não se repetiu em qualquer outra parte. Os porquês de um estudo transformado em livro: "Porque, ao ter descoberto uma parcela importante da história da cultura portuguesa, achei que deveria ser revelada."

Recuemos nos arquivos de José Alberto Sardinha para que tudo pareça lógico - o próprio nos diz "estes temas têm de ter lógica". O estudante de Direito, nascido em Angola, chegou a Lisboa em 1960. Enquanto aprendiz na Faculdade de Direito integrou o Coro da Juventude Musical Portuguesa - "onde estavam também o actual secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, o Eduardo Paes Mamede, que faz música para teatro, o Luís Pedro Faro, maestro, o João Lisboa, crítico musical do 'Expresso', ou o José Manuel David, dos Gaiteiros de Lisboa". A orientação surgia pela mão do maestro Francisco d'Orey, que revelou ao futuro advogado o valor da recolha etnomusical. "Hoje posso dizer que tenho o maior arquivo do género em Portugal", graças a esforço e investimento: "Um dos primeiros gravadores que tive foi um Nagra4S Stereo. Custava dois mil euros."

O seu objecto de estudo primeiro sempre foi a "tradição rural". O fado não fazia parte deste catálogo, até à pergunta fundamental ter surgido no caminho: "Se o fado é uma música de tradição oral, inequivocamente, porque não compará-la com a restante herança musicada dessa mesma tradição?" A explicação, em linhas condensadas (que as mais de 500 páginas do livro servem para revelar os resultados do estudo de forma fundamentada), pedimo-la a José Alberto Sardinha: "O romanceiro é o herdeiro das canções de gesta, que celebrizavam os heróis de guerra. Foram provavelmente os primeiros cantos profanos, popularizados pelos jograis nas praças das localidades. Depois das epopeias, os cantos começaram a focar-se na história dos amantes dos nobres e daí chegaram à Rosinha costureira e ao caso de ciúmes da Isaura e do Manel." Pode parecer história de pouca monta para a canção portuguesa mais popular mas a narrativa continua.

Evolução Os romances eram interpretados por cantores ambulantes, "na maioria cegos, por terem melhor ouvido, memória e pela maior necessidade de dinheiro", à guitarra, acordeão ou violino. Vêm das aldeias para as cidades, concentram-se em Lisboa "porque é onde há mais gente e recantos para tocar as canções" e gera-se um hábito. A nobreza gosta, cria a moda e leva o fado das tabernas - "onde os cegos cantavam a troco de um prato de sopa ou um copo" - para os salões. Aqui chegamos ao conde Vimioso, que se apaixona por Maria Severa, lendária fadista, e tudo o resto é fama e glória. Do século XVI ao século XIX, com a tradição oral como motor.

"Ou seja, o tal substrato comum à tradição musical nacional diz que o fado existia em toda a parte antes de 'ser lisboeta', como hoje é entendido popularmente." O fado cantava-se nas aldeias de norte a sul, ainda hoje está nas vozes de quem se passeia entre as tabernas e os campos, mas não com o mediatismo de Lisboa. "Quando se tornou moda, chegou à revista. Recebeu influências e desmultiplicou-se em fórmulas e géneros, do fado marcha ao fado tango. Já prestou atenção à "Menina das Tranças Pretas? É um tango", afirma o autor. E o fado fez-se produto exportável.

E é neste fenómeno de popularidade que reside a polémica sobre as diferentes teorias da origem do fado. José Alberto Sardinha, convicto, assegura que "se o vira fosse tão famoso, seria objecto das mesmas divergências". Sobre outras teorias, o investigador diz que lhes falta "critério e objectividade, falta-lhes esta visão global do que é comum a todo o país. A etnografia, o folclore musical, presta-se muito a fantasias. Porque não há ninguém para reclamar, o autor não vai aparecer." Recusa as explicações que falam "de uma dança tornada canção vinda do Brasil, apesar de esta ser a origem das primeiras notícias oficiais sobre o fado". Ou as contaminações árabes ou africanas "ainda que existam semelhanças em géneros como a morna". A origem do fado está na vida rural, que em Lisboa "era também muito presente ainda durante boa parte do século XX. É essa a base comum, por isso a expressão musical era coesa por todo o país."

José Alberto Sardinha explica que a palavra fado, mais que destino, quer dizer "vida, desenlace, acontecimentos, vivências". E que antes de ser a música, é "a história, o poema, a narrativa" e que o original está na "tragédia de faca e alguidar". Espera contestação, diz-nos que "esta não é uma ciência exacta", mas é o resultado de uma "experiência musical concreta".
fonte ~ jornal i

O fado é o coração: o corpo, as emoções e a performance no Fado.

Ensaio de Paulo Valverde.
Etnográfica, Vol. III (1), 1999, pp. 5-20.
Em 1993, no quadro da preparação da exposição Fados, Vozes e Sombras, realizou-se no Museu Nacional de Etnologia um workshop sobre o fado. (...)
Na altura da sua apresentação, o ensaio impressionou muito favoravelmente os participantes no workshop e Paulo Valverde tinha também com ele uma relação muito forte.
A presente versão data de 1995 e guarda parcialmente o tom oral de uma comunicação, não contendo também referências bibliográficas detalhadas.
Excepto pequenas emendas óbvias, a Comissão Editorial publica o texto tal como Paulo Valverde o deixou.

Júlio Pereira : Miradouro [Miradouro, 1988]

Ao fado tudo se canta?

Daniel Gouveia, fadista, compositor, letrista e escritor, apresenta-nos no seu livro "Ao Fado tudo se canta?" 40 anos de reflexões, conversas e investigações sobre o tema, que aprofundou ao longo de 5 anos de trabalho, incluindo, igualmente, 3 CDs com 190 exemplos musicais.

Entre outras problemáticas sobre este género musical, destacam-se:
- Análise de todas as teorias actuais para as origens do Fado.
- Revelação e publicação de pautas com fados do séc. XIX e princípio do séc. XX (tocadas nos exemplos musicais).
- Propostas para definir as fases de evolução do Fado e dos fadistas.
- Análise dos procedimentos poéticos e de classificação dos fados Tradicionais e do Fado-Canção.
- O bem cantar e o mal cantar o Fado.
- Relações do Fado com o Tango, o Bolero e o Flamenco.
- Revelação de um plágio feito por compositores argentinos de Tango a «O Cochicho».
- Fado e Canção de Coimbra em paralelo.

O lançamento do livro será no Museu do Fado, em Lisboa, pelas 19 horas, no dia 19 de Maio.

4 de maio de 2010

Joana Costa : Recado [Recado, 2008]

Prémios Amália Rodrigues 2009

As fadistas Ada de Castro e Joana Costa, o pianista Bernardo Sassetti e a maestrina Joana Carneiro foram distinguidos na quinta edição dos Prémios Amália Rodrigues, cuja cerimónia decorrerá em Outubro em Lisboa, foi ontem anunciado.
Ada de Castro, de 72 anos, recebe o Prémio Carreira pelos 50 anos de vida artística dedicados ao fado, tendo contribuído para a sua aproximação às marchas populares.
O Prémio Revelação 2010 foi atribuído à fadista Joana Costa, que editou no final de 2008 o álbum de estreia, Recado. De acordo com o júri desta quinta edição, Joana Costa foi eleita por unanimidade a Artista Revelação por interpretar o fado tradicional com "segurança, clareza, compasso e entrega".
A celebrar dez anos de carreira, Kátia Guerreiro recebe o prémio de Melhor Fadista.
Já Ana Sofia Varela, que tinha sido distinguida em 2006 com prémio de Melhor Fadista, recebe agora o prémio de Melhor Álbum com Fados de Amor e Pecado.
Nesta quinta edição, a organização procurou alargar o universo dos artistas distinguidos para lá do fado, numa homenagem à carreira de Amália Rodrigues, que ultrapassou as fronteiras deste género. Assim, foi criado o Prémio Música Popular, que distingue o pianista e compositor Bernardo Sassetti "pela carreira exemplar", por ter conquistado novos públicos e por ter integrado o jazz no universo nacional. Em 2010 recupera-se ainda o Prémio Música Erudita e que este ano é entregue à maestrina Joana Carneiro.
Na área do Ensaio e Divulgação, o prémio é atribuído a Jean-François Chougnet, director artístico do Museu Berardo, pelo "magnífico catálogo da exposição Amália, Coração Independente, que apresenta novas perspectivas sobre a carreira da maior artista portuguesa", justifica o júri.
Custódio Castelo foi eleito o melhor instrumentista e Manuela de Freitas, que já escreveu para Carlos do Carmo e Camané, recebe o prémio Letrista/Compositor.
fonte ~ dn