9 de junho de 2009

Deolinda : Clandestino [Canção ao lado, 2008]

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino

Pedro da Silva Martins

1 comentário:

P. disse...

Música inspirada e inspiradora! Por tudo o que os Deolinda têm feito merecem sem dúvida tudo o que lhes tem acontecido. Já os vi ao vivo (são excelentes) mas ainda não comprei o CD. Não o queres oferecer? :)
Bjs