Aos 18 anos integrou o Batalhão de Caçadores 5, em cuja banda tocava clarinete e à qual permaneceu ligado oito anos.
Convidado em 1940 a integrar a Banda da Guarda Nacional Republicana, uma das mais importantes formações musicais da época, trocou o clarinete pela harpa mas a doença que o acometeu acabaria por pôr fim à sua carreira militar.
A par da sua actividade na Banda da Guarda Nacional Republicana, Joaquim Luís Gomes trabalhava na Emissora Nacional, onde desenvolveu uma carreira de orquestrador de música ligeira ímpar, e colaborando com alguns dos mais destacados intérpretes da altura, entre os quais Maria Clara, Maria de Lurdes Resende, Francisco José, Tony de Matos, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Fernando Tordo, e Amália Rodrigues.
Da fadista refira-se, além do LP de folclore que gravou, a belíssima orquestração de “Grândola, vila morena” ou “Nostalgie”.
Chefe de orquestra, domínio em que a sua obra ficou, segundo a nota da SPA, "marcada por uma grande originalidade e sentido de modernidade", Joaquim Luís Gomes dirigiu festivais da canção em Portugal, Inglaterra, Brasil e Espanha, em vários dos quais foram interpretadas canções que ele próprio compusera e orquestrara.
Como compositor, assinou bandas sonoras para filmes de ficção e para documentários cinematográficos, e escreveu música para teatro.
Noutro plano, o da música erudita, escreveu obras para orquestra sinfónica, harpa e piano, com destaque para "Pérolas Soltas", "Abertura Scalabitana", "Abidis", "Sonata em Mi Bemol" (para piano) e "Mar Português", inspirada nos poemas de "Mensagem", de Fernando Pessoa.
Em 2005 foi distinguido com a Medalha de Honra em 2005, nas comemorações do 80.º aniversário da instituição.
fonte ~ hardmusica
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