9 de março de 2008

Aldina Duarte edita novo álbum em Abril

O terceiro álbum da Aldina Duarte "sairá em Abril ou Maio", e será composto com letras de sua autoria e de Maria do Rosário Pedreira, sobre melodias de fado tradicional, disse a fadista à Lusa.

A fadista que não revelou o título do álbum afirmou que "o tema central do disco são as histórias do universo feminino familiares a todos nós".

Aldina Duarte escusou-se a dar outros pormenores, acrescentando apenas que "três fados são originais de três fadistas que são marcos determinantes na história do fado".

O álbum foi gravado com os músicos que a acompanham desde o primeiro disco: José Manuel Neto, na guitarra portuguesa e Carlos Manuel Proença, na viola.

"Há algumas surpresas que penso válido mantê-las como tal até à edição do disco, inclusive o título", sublinhou.

Aldina Duarte editou o seu primeiro álbum, "Apenas o amor", em 2004, em que canta maioritariamente poemas inéditos de sua autoria, de Manuela de Freitas e de João Cabral do Nascimento e recupera "Anjo inútil" (Luís de Macedo) do repertório de Amália Rodrigues.

Em 2006 publicou pela EMI Music "Crua", constituído apenas por poemas de João Monge para músicas tradicionais de fado.

Aldina Duarte começou a cantar no coro do grupo "Valdez e as piranhas douradas", o seu primeiro fado, "A Rua do Capelão" ("Novo fado da Severa" de Frederico de Freitas e Júlio Dantas), é cantado para um filme "Xavier", de Manuel Mozos.

Conhece mais tarde, por razões profissionais, Beatriz da Conceição e ficou "apaixonada" pelo fado, tendo decidido ser fadista.

Prosseguiu os trilhos do fado, cantou em peças de teatro, designadamente "Judite nome de guerra" de Almada Negreiros, encenada por Germana Tânger no Teatro São Luiz, em Lisboa.

Aldina afirma que foi ganhando a noção do "sagrado" da profissão, mas também "achando que havia muito para aprender".

Passa pelas noites de fado da Casa do Registo da Mãe d`Água, em Lisboa, pelo programa televisivo "Grande Noite" de Filipe la Féria, que abandona pois achava "que não sabia o suficiente para estar ali".

Organiza noites de poesia e fado no Teatro da Comuna, em Lisboa, e começa a trabalhar diariamente numa casa de fados.

Do Piccolo Teatro, em Milão (Norte de Itália) surge o convite para participar numa peça sobre a vida de Fernando Pessoa escrita por António Tabucchi.

Em todo este percurso, afirma, "mantive os rituais que sempre achei distintos e belos no fado: o xaile preto, o vestido preto, discreto e elegante, o silêncio, a luz baixa, tudo o que sempre me deslumbrou".

O ano passado integrou o elenco de "Divas do Fado" apresentado em Londres, no Queen Elisabeth Hall, no âmbito do Festival Atlantic Waves.

fonte ~ rtp

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