O júri, que decidiu por unanimidade atribuir o prémio aos Frei Fado d´El Rei, foi composto por António Moreira, Olga Prats, Carlos Pinto Coelho e Natália de Matos.
Os Frei Fado d´El Rei, que receberão o prémio no dia 29 nos Recreios da Amadora, surgiram no Porto em 1990 como um projecto inspirado na música de raiz popular e tradicional.
O álbum de estreia, "Danças no tempo" foi lançado em 1995, um ano depois de os Frei Fado d´El Rei terem integrado a colectânea "Filhos da Madrugada", de homenagem a Zeca Afonso.
Desde então editaram ainda "Encanto da Lua" (1998), o álbum ao vivo "Em concerto" (2003) e "Senhor Poeta", registo com 14 temas de José Afonso reinventados pelo grupo a propósito dos vinte anos da morte do músico aveirense.
Integram o álbum temas como "Verdes são os campos", de Luís de Camões, "No comboio descendente", de Fernando Pessoa, ou "Senhor poeta", de Manuel Alegre, que dá o título ao álbum.
Em declarações à agência Lusa, quando saiu o álbum, o guitarrista Ricardo Costa disse que "José Afonso continua a ter uma sonoridade contemporânea e é incontornável para as novas gerações".
"José Afonso trouxe uma roupagem inovadora à música portuguesa, explorando o âmago da música tradicional e popular", explicou na altura o músico.
O Prémio José Afonso, no valor monetário de cinco mil euros, foi criado há vinte anos, em 1988, com o objectivo de homenagear o compositor português e incentivar a criação musical de raiz portuguesa.
Em 2007 o galardão foi atribuído à Brigada Victor Jara, que se junta a uma galeria de artistas como Sérgio Godinho, Fausto, Filipa Pais, Dulce Pontes e Vitorino.
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