Os Madredeus regressam aos palcos em Novembro com uma nova formação e apresentam o álbum "Metafonia" no Teatro Ibérico, Lisboa, o mesmo espaço onde fizeram há 20 anos os primeiros ensaios, anunciou à Lusa a editora Farol.
"Metafonia", a editar no dia 20, é um duplo álbum com inéditos e temas antigos dos Madredeus, grupo agora relançado por Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade, depois da saída em 2007 de Teresa Salgueiro, José Peixoto e Fernando Júdice.
Nos concertos agendados de 06 a 08 e de 13 a 15 de Novembro, Pedro Ayres e Carlos Maria Trindade apresentam os Madredeus & A Banda Cósmica, uma formação alargada a duas vozes principais e sete instrumentistas, destacando-se a inclusão de harpa, guitarra eléctrica, violino e percussão.
"A nova formação dos Madredeus pretendeu inventar uma nova concepção de música cantada em português para grandes espectáculos, inspirada na diversa tradição das suas próprias composições e nos arranjos da música popular da Europa, da África Ocidental e do Brasil", afirma Pedro Ayres Magalhães, num comunicado enviado à agência Lusa.
Assim, Pedro Ayres mantém-se na guitarra clássica, assume a direcção musical e de produção, Carlos Maria Trindade continua nos sintetizadores, juntando-se as cantoras Mariana Abrunheiro e Rita Damásio e os músicos Ana Isabel Dias (harpa), Sérgio Zurawski (guitarra eléctrica), Gustavo Roriz (guitarra baixo), Ruca Rebordão (percussão), Babi Bergamini (bateria) e Jorge Varrecoso (violino).
Participam ainda, como vozes em coros, Sofia Vitória, Cristina Loureiro e Marisa Fortes.
Segundo Pedro Ayres Magalhães, com esta nova formação vislumbra-se "um caminho contemporâneo" para o grupo: "A partir de agora podemos sempre fazer os concertos de câmara que são a nossa tradição ou apresentarmo-nos perante audiências maiores, com a Banda Cósmica, a banda que toca mais alto".
O duplo álbum "Metafonia" reparte-se por um disco com 12 originais e um outro com sete temas retirados de trabalhos anteriores dos Madredeus.
O álbum foi gravado em Agosto no estúdio de Carlos Maria Trindade, no Alentejo, mas está a ser preparado desde o final do ano passado, quando os dois músicos fizeram audições para cantoras e trabalharam nos arranjos do antigo e novo repertório.
Foi também nessa altura que Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade testaram ainda a introdução de novos instrumentos que vão alterar a sonoridade do grupo, acontecendo precisamente a metafonia, que dá nome ao álbum.
"Há muito que eu e o Carlos desejávamos poder tocar as nossas composições, mais alto e para mais pessoas, tantas foram as solicitações para os Madredeus se apresentarem em grandes concertos ao ar livre e festivais", sublinhou Pedro Ayres.
Os Madredeus, um dos mais singulares nomes da música portuguesa, surgiram em 1986 em Lisboa, com uma sonoridade que destoava do pop-rock de então, que procurava inspiração na tradição popular portuguesa e que deveu muito do sucesso às melodias de Pedro Ayres e à voz de Teresa Salgueiro.
Venderam cerca de três milhões de discos em todo o mundo, por conta de registos como "Existir", "Os dias da Madredeus", "O espírito da paz" ou "Um amor infinito".
Nas duas décadas de existência os Madredeus já tiveram várias vidas. Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Francisco Ribeiro, que estava na formação inicial, saíram nos anos 1990, tendo entrado depois Carlos Maria Trindade, José Peixoto e Fernando Júdice.
fonte ~ rtp
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