A fadista e actriz Fernanda Baptista, de 89 anos, criadora de êxitos como "Fado da carta", faleceu no dia 25 de Julho ao princípio da madrugada, no hospital de Cascais, onde se encontrava internada, disse à Lusa um familiar. Além do "Fado da carta" (João Nobre/Amadeu do Vale) a fadista criou vários outros êxitos e foi primeira figura de várias operetas e revistas, entre elas, "Chuva de mulheres" e "Fonte luminosa".
A sua estreia na revista deu-se em 1945, em "Banhos de sol", a convite do compositor e maestro João Nobre, mas já anteriormente integrara o cartaz do Café Luso, a convite de Filipe Pinto, no início da década de 1940.
O êxito alcançado levou-a a deixar a profissão de costureira que exercia.
"Saudades de Júlia Mendes", "Fui ao baile", "Trapeiras de Lisboa", "Pedrinha da rua", "Fado toureiro" ou "Fado das sombras" foram alguns dos seus êxitos.
A sua última presença em palco foi no musical "Canção de Lisboa" de Filipe la Féria, em 2005.
A fadista foi alvo de várias homenagens, nomeadamente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, da Câmara de Lisboa e, em 2003, foi condecorada com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
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