Além de sete temas de Carlos Paredes, em que se incluem «Canção Verdes Anos» e «Memórias», o CD inclui ainda peças de Artur Paredes, Afonso Correia Leite e Gonçalo Paredes.
De acordo com Alexandre Cortesão, professor e fundador da Escola de Guitarra, o ISEC fez uma tiragem de dois mil exemplares do CD, tendo oferecido uma cópia a todos os caloiros que entraram este ano lectivo no estabelecimento.
«Não se pode dizer que é uma obra-prima, mas tem qualidade», salientou o músico, presidente da Associação Cultural «Coimbra Menina e Moça».
Segundo o professor, «até hoje nenhuma escola de guitarra pôs os seus alunos a tocar em público e a publicar um CD».
A Escola de Guitarra do ISEC nasceu de um protocolo assinado em 2005 entre o ISEC e aquela Associação Cultural, podendo ser frequentada por alunos, docentes e não docentes deste estabelecimento de ensino integrado no Instituto Politécnico de Coimbra.
O CD, que conta com o acompanhamento em três temas dos professores e fundadores da escola - Alexandre Cortesão e António de Jesus -, foi apresentado publicamente quinta-feira à noite no Café Santa Cruz, em Coimbra.
Segundo uma nota do presidente do conselho directivo do ISEC, Jorge Bernardino, a gravação do CD «é o resultado de dois anos de aprendizagem, em que os alunos frequentaram aulas de guitarra com a duração de apenas duas horas semanais».
Alexandre Cortesão adiantou hoje à agência Lusa que, este ano, estão a começar a sua aprendizagem na Escola de Guitarra do ISEC 30 alunos, apesar de a execução do fado de Coimbra não ser tarefa fácil.
«É preciso espírito de sacrifício e força de vontade. Calcar em cordas de aço não é fácil», observou.
A prioridade no ensino da Canção de Coimbra na Escola de Guitarra do ISEC tem sido dada a músicos como Carlos Paredes, Flávio Rodrigues e João Bagão, mas - de acordo com o docente - estão também a ser introduzidos nomes como António Portugal, Pinho Brojo ou Jorge Tuna.
O músico lamenta a «pouca divulgação» da Canção de Coimbra nos órgãos de comunicação social e nomeadamente na rádio e manifesta-se aberto à interpretação por mulheres. «Sempre houve raparigas a tocar guitarra e viola. A cantar, não tenho nada contra, mas que o cante bem», opinou.
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