Em declarações à Lusa, o fadista afirmou que manterá a equipa que o tem acompanhado nos últimos anos, além de José Mário Branco que é seu produtor desde "Uma noite de fados", editado em 1995.
"Somos já velhos cúmplices e amigos. Ele sabe onde eu posso surpreender e vice-versa. Somos uma equipa", afirmou.
Trata-se do primeiro albúm de Camané para a EMI Music Iberia, depois de terminada a parceria EMI Music/ Valentim de Carvalho.
Além do produtor, acompanham-no os músicos José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola) e Carlos Bica (contrabaixo).
Novidade será a participação do guitarrista Ricardo Rocha, que conhece "desde miúdo" e com quem há muito Camané pretendia gravar um fado.
"Reentro hoje em estúdio e na primeira semana de Abril o CD deverá estar no mercado", disse o fadista.
Quanto às escolhas Camané afirmou que seguirá "a linha dos anteriores, uma selecção de poemas que gosto e que me sinto bem a cantar, e quanto às músicas, alguns fados tradicionais e talvez experimentar músicas novas".
Em tom de balanço, Camané afirmou que "muita coisa mudou" desde que gravou o seu primeiro disco da fase adulta, há cerca de 15 anos, e que hoje se sente "menos constrangido" a cantar fado.
"Lutei muito para impôr uma produção para fado, com os meus músicos. Quando comecei a cantar, na altura do primeiro álbum da fase adulta, ninguém comprava espectáculos de fado, nem as câmaras, nem havia circuitos", disse.
"Naquele ano realizei apenas dois espectáculos, até à televisão era difícil ir", recordou.
Hoje considera que "está tudo mais fácil" e que "o fado não está em moda, está é mais visível e tornou-se mais interessante porque o descobriram".
fonte ~ rtp
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